Os estudos da Sexualidade Humana pressupõem conhecimentos que ultrapassam os que a biologia, a fisiologia e toda a ciência biomédica fornecem, tendo como proposta a promoção da saúde integral, a partir do entendimento das questões relativas à expressão sexual, considerando os aspectos psicoafetivos, biológicos, socioculturais, históricos, as relações de gênero e a construção da cidadania.

O reducionismo conceitual que limita a sexualidade como sinônimo de coito e acasalamento permite que todas as alterações do aparelho sexual sejam encaradas como passíveis de medicalização, ao mesmo tempo em que estabelece uma normatização do comportamento sexual, não levando em conta as características individuais, a subjetividade e as relações de gênero na abordagem das questões sexuais.

Em que pesem os avanços tecnológicos, científicos e sociais, discutir entre profissionais de saúde outro aspecto da sexualidade que não o exclusivamente biológico, é ainda tema de difícil abordagem, por estar impregnado de mitos, preconceitos, desconhecimentos e contradições. Por envolver tantos enfoques importantes, impõe-se a construção de modelos interdisciplinares que atendam às solicitações surgidas no dia-a-dia nos serviços de saúde.


Objetiva construir de modelos de abordagem a questões relativas ao gênero e sexualidade na APS, através da integração entre os cursos de medicina, enfermagem, psicologia e serviço social e os profissionais das unidades da Estratégia Saúde da Família da CAP 1.0 da cidade do Rio de Janeiro.

1. Título: PET – Saúde, Gênero e Sexualidade

• Pesquisador: Regina Gonçalves de Moura
• Instituição: LIPAPS
• Órgão financiador: Ministério da Saúde